Nove e meia da manhã já estávamos no hall do hotel esperando o nosso motorista . Na noite anterior a previsão dizia que os dias que iriamos ficar em Munique seria com chuva e frio. Ficamos bem desanimados.
O dia amanheceu nublado e com uma chuva fina. Não estava tão frio, mas como iriamos para um local bem destampado, vestimos uma roupa mis aquecida. A temperatura deveria estar em torno de 10 a 12 graus.
Na hora combinada o motorista chegou.
Nos dirigimos para Dachau, que seria a nossa primeira programação do dia.
Logo que chegamos, procuramos um local para estacionar o carro. Pagamos 3 euros, uma taxa única.
A primeira coisa que se percebe é a entrada única ( Jourhaus) para a área dos prisioneiros. O portão já é assustador. Na sua abertura esta escrito "O Trabalho o libertará " - Ärbeit macht frei ".
Fomos até uma livraria e depois resolvemos que não iriamos fazer o passeio com aparelhos que eles cobravam uma taxa para explicar cada local. Já tínhamos um conhecimento do que queríamos ver.
Depois de passarmos pelo portão fomos visitar o Museu. Este local nos faz pensar na vida. Certidões de nascimento, retratos de crianças, as torturas etc...Na verdade, todo o campo nos faz pensar na vida e nos tipos de seres "humanos".
Onde hoje é o museu era o edificio de manutenção, local onde os recém chegados prisioneiros, eram inspecionados.
A entrada é gratuita. Esta é uma maneira de mostrar ao mundo tudo que foi feito e não deve repetir.
Na saida do Museu fomos visitar os alojamentos. Ficou uma dúvida pois existem vários tipos de alojamentos. Neste que visitei com o meu marido , era somente de selas separadas.
Parece que era especial para politicos , religiosos etc...
O próximo local ser visitado foi o Monumento que para mim marcou muito e retratou a verdade do que acontecia com as pessoas que chegavam naquele local. Muito abençoado a pessoa que teve esta inspiração.
Este Monumento Internacional, fica próximo ao Museu. Esta escultura foi feita em memória das vítimas do tempo de concentração.
Quando visitamos tinha uma coroa de flôres em homenagem às vitimas desta destruição da humanidade.
Fui ao local onde ficavam os guardas da SS vigiavam os prisioneiros.
Meu marido ficou sentado perto deste monumento e eu sai para conhecer todo o campo.
passei pelas fileiras numeradas onde ficavam os alojamentos, para os judeus que chegavam a este campo.
Eles deixaram um alojamento bem como era na verdade. As camas eram de madeiras, as mais rusticas possíveis. Como se fosse vários beliches colados e vários andares. As pessoas dormiam somente com a roupa do corpo.
Fiquei imaginando o frio que deveria ser, pois o local fica dentro de uma área com muitas arvores.
Vi também um restaurante coletivo, com os bancos empilhados.
Ao lado encontra-se um quarto com uma fileira de vasos sanitários, sem portas e numa outra sala acho que era o local de tomar banho. Tudo muito sem pudor e respeito.
Neste mesmo alojamento vi um tipo de cama diferente.
Era o mesmo empilhado de camas e tinha uma tábua que fazia uma divisão na parte superior. Fiquei imaginando que poderia ser da mãe e seu filho. Não sei.
Como que as pessoas poderiam dormir naquele local com aquela tábua no meio.
Quando sai daquele local, imaginando tanta coisa desagradável fui visitar a Capela Ortodoxa Russa construída em 1995, provavelmente em memória das vitimas do campo.
Ao lado tinha um local no subterrâneo que na entrada tinha a Estrela de David. Era um local, pequeno e muito escuro.
Tentei localizar o crematório e a camara de gás mas não consegui.
Voltei para encontrar meu marido que estava sentado junto ao monumento às vitimas .
Fomos para encerrar a nossa visita, a um monumento, onde tem escrito em vária línguas "Nunca Mais"
Achei que alí estava dizendo tudo: NUNCA MAIS
O mundo todo tem que ver o que aconteceu para não ser mais repetido. Isto foi um absurdo .
Quando Deus nos dar inteligência é para ser usada em beneficio do próximo.
Na nossa saida , do lado de fora do portão tem uma placa prestando homenagem ao grupo de soldados americanos que libertou o Campo.
Um local muito triste , mas que deve ser conhecidos por todos, para vermos até onde a maldade do ser humano pode chegar.
ISTO NUNCA MAIS
Fomos para o estacionamento para nos encontrarmos com o nosso motorista.
Estava programado que iriamos visitar Schloss Dachau- a residência de verão da familia Wittelsbach, que foi construido no século 18. Fica no alto do morro e pode-se avistar Munique.
Fizemos a opção de não irmos ,pois como iriamos ao restaurante de uma pessoa que conhecemos em Itaparica e que é casado com uma baiana, não daria tempo.
No caminho de volta passamos pelo Estádio do Bayern de Munique.
Passamos pelo Parque Olimpico onde aconteceu o atentado nos jogos Olimpicos
E no nosso caminho passamos também pela fabrica da BMW
Vimos que o restaurante fica aberto para almoço de 11 horas às 14 horas e trinta minutos. Já estavamos um pouco atrasados e tinhamos que procurar o endereço.
Até que foi fácil encontrar. Já marcava duas horas. o motorista nos deixou no local e foi procurar um lugar pra estacionar. Quando chegamos na porta estava fechada e um rapaz ateneu dizendo que não atenderiam mais. Eu disse que era amiga dos donos e logo os mesmos apareceram e ficaram satisfeitos. Disseram que não esperavam que um simples bate papo na ilha eu tivesse cumprido a palavra.
Escolhemos duas pizzas, uma delas foi sugestão da esposa dele. Ele mesmo apronta. Comemos com refrigerantes. Como nosso motorista estava demorando de chegar, eles acharam que com certeza ele não teria achado lugar para estacionar.
Na hora de acertar as contas, eles disseram que foi um prazer nos receber em Munique. Eu disse que retribuiria a gentileza em Itaparica, um vez que eles já estão certos da ida em Dezembro.
Oferecemos a pizza ao motorista que ficou muito contente e rumamos para o nosso hotel para descansar um pouco.
O dia foi bem movimentado.
Fizemos um lanche antes de dormir no próprio quarto. Ficamos na internet um pouco conversando com os filhos e depois fomos dormir para aguentar o outro dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário